sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Entre o Amor e o Ódio


Laura era uma bela jovem; Delicada, carinhosa e inocente.
Para ajudar sua família Laura começou a trabalhar logo cedo,
na idade de quatorze anos já arcava com parte das despesas de sua casa.
Laura era uma garota muito gentil, todos que a conheciam gostavam dela,
pois era verdadeira e sabia como encantar a todos com seu jeitinho de ser.
Laura era sonhadora, acreditava que tudo podia ser como nos filmes de romance;
onde o final é sempre feliz.
Numa bela noite, Laura estava trabalhando em uma lanchonete quando conheceu Vagner.
Um rapaz muito atraente e encantador, com um sorriso envolvente.
Vagner era um pouco mais experiente na vida, já possuía uma história,
a qual não contava a muitos, pois não orgulhava-se dela.
Vagner encantou-se de imediato com Laura, observou-a e foi atraído por seu doce sorriso.
Vagner enfim deu um jeito para conversar com Laura sem que outras pessoas ouvissem.
Laura inocentemente foi a seu encontro para ver o que ele queria dizer mais foi surpreendida...
Ele a segurou pelos braços e a beijou antes que ela dissesse alguma coisa.
Ao findar aquele beijo, ele a pediu em namoro segurando em seu rosto.
Laura ficou paralisada, aquele havia sido o momento mais constrangedor de sua vida.
Constrangedor porém maravilhoso pensou ela... como nos filmes que assistira.
Laura não conseguiu dar a Vagner uma resposta, então ele a disse que a deixaria pensar.
Naquela noite Laura mal conseguiu dormir, não conseguia pensar em outra coisa a não ser
naquele beijo que havia recebido.
Era como se a cada segundo revivesse aquele momento.
E aquela semana passou rapidamente;
No sábado Laura havia se produzido toda, pois estava mais feliz que os outros dias.
Quem sabe naquela noite o veria novamente, pensava ela.
E foi a seu trabalho, na tal lanchonete perto de sua casa.
Findando seu expediente avistou Vagner se aproximando.
Seu coração disparou, suas mãos começaram a suar...
era tarde demais, Laura havia apaixonando-se.
Quando Vagner chegou perto de Laura pegou em suas mãos e saiu conduzindo-a,
antes que ela dissesse algo.
Laura estava feliz, pois nunca havia apaixonando-se, e estava disposta a entregar-se para aquele amor que estava sentindo.
E os dias foram se passando, Vagner a levou para conhecer seus pais, e posteriormente ela o levaria para conhecer os dela.
Porém Laura; criada de um modo bastante delicado,
temia o momento de levar Vagner á sua casa.
Seus pais eram rígidos demais, e Vagner talvez não fosse o homem
que eles quisessem para sua filha.
Quem sabe por conta de sua idade, pela experiência de vida que tivera em seu passado,
que aos olhos da sociedade não era nada bom...
Ou quem sabe seria cruelmente julgado pelas marcas que tinha espalhado por seu belo corpo...
Tudo isso Laura ficava imaginando...
Mas enfim chegou o dia e Laura o apresentou a seus pais, que, como esperado,
não gostaram nada da idéia do tal namoro.
Mas era inevitável, Laura já estava cega, e grandemente apaixonada.
Os meses foram se passando e Vagner era constantemente presenteado por Laura...
ela fazia de tudo por ele, esquecia-se dela para agradá-lo.
Sonhava em casar-se com ele... em constituir uma família com aquele homem.
Porém Vagner estava apenas curtindo.
Passados dois anos e meio, Laura começou a perceber que Vagner não era mais o mesmo.
Sua postura havia mudado, vivia constantemente estressado, tornou-se uma pessoa gélida.
Até que Laura descobriu alguns "hobbies" que Vagner ocultava.
Ele não havia sido sincero, estava preso á coisas que estavam acabando com ele,
rodeado por coisas ilícitas.
Então Laura viu em questão de segundos seus sonhos desmoronarem em sua frente;
porém acreditava que ele poderia mudar.
Mas não foi assim, os dias foram passando e as coisas pioravam cada vez mais.
Laura estava o perdendo... ele estava se perdendo... se entregando... a uma escuridão profunda!
O brilho de seus olhos apagou-se, a ternura de seu sorriso escondeu-se;
E Laura via tudo aquilo sem entender o porque.
Até que numa noite Vagner sumiu, após três dias sem notícias, todos o procuravam.
Seus pais, seus amigos, ninguém sabia onde ele havia se metido.
Laura chorava muito, e junto á sua sogra ligavam para as autoridades a procura de respostas,
mas era inútil.
Até eu seu sogro foi informado de um certo endereço onde possivelmente o encontraria.
Laura aliviada foi juntamente com seu sogro á caminho daquele lugar.
Chegando lá viram que o endereço correspondia a uma pequena casa de dois cômodos.
Entrando na casa, Laura reconheceu um casal que também estava lá...
Eram amigos de Vagner, e também a conheciam.
E... aproximando-se mais o encontrou.
Ficou chocada ao vê-lo, ele estava bem... e por sinal... muito bem!
Vagner ainda estava sem camisa, havia acabado de acordar, seu corpo estava todo arranhado,
seu pescoço todo marcado...
Laura olhava-o pasmada mais não disse sequer uma palavra.
Somente observava enquanto seu sogro o repreendia sem piedade.
Foi então que Laura sentiu sua pulsação aumentar.
Seu coração acelerou, e uma amargura tomou a sua alma,
 juntamente de um ódio que jamais havia sentido.
Laura virou as costas e saiu daquele lugar depressa.
Conforme caminhava, suas lágrimas caíam, e ela angustiada prosseguia a caminho da casa de um de seus parentes, porém não havia ninguém naquela casa...
Eles haviam viajado, somente as chaves estavam lá para que cuidassem da casa.
Chegando naquela casa, Laura foi diretamente ao quarto
 e procurava algo que aquele seu parente possuía.
Laura estava cega, só que dessa vez o amor havia transformando-se em ódio.
Na busca por aquele objeto, suas lágrimas escorriam por seu lindo rosto...suas mãos tremiam...
Quando encontrou o tal objeto, o guardou e saiu novamente em direção á rua.
Ela voltaria ao local onde havia encontrado Vagner, mesmo sem saber se ele ainda estava lá.
Porém no meio do caminho Vagner e Laura se cruzaram.
A rua estava deserta e Vagner ao ver o estado de Laura começou a argumentar.
Então Laura colocou suas mão para trás e pegou aquele objeto.
Vagner assustou-se porém olhou-a nos olhos e a disse que não seria capaz de machuca-lo.
Laura segurava com as mãos trêmulas uma bela arma.
Sem dizer uma palavra Laura apontava diretamente no peito de Vagner.
Com lágrimas nos olhos, e uma angústia na alma engatilhou.
Vagner não recuou, ficou ali, olhando para ela,
convicto de que ela não seria capaz de machuca-lo.
Então Laura fechou seus olhos, suspirou, e disparou por duas vezes em Vagner.
Caído ali diante dela, Vagner desfalecendo rapidamente a perguntou porque fizera aquilo...
E Laura ainda em lágrimas respondeu:
"-Um dia te entreguei meu coração... e você o matou...."
" Hoje foi sua vez de me entregar o seu...e eu mata-lo"

                                                                            

    Sara Liziane

segunda-feira, 1 de setembro de 2014



Mais um conto de um coração partido...

Quem disse que existe final feliz nunca viveu a realidade da vida.
Pelo menos era assim que pensava Nanda quando relembrava-se de tudo quanto vivera ao longo dos anos
Nanda havia casado-se jovem e como toda jovem achava que tudo era maravilhoso, como nos contos de fada.
Acreditava no "felizes para sempre" das historias que havia lido.
E assim os dias foram se passando e Nanda percebeu que nem tudo era belo, e que não se pode esperar muito de certas pessoas.
Nanda acreditava que todo mundo poderia mudar, mesmo diante de tudo quanto os olhos dela viam, acreditava que se houvesse esforço e força de vontade dentro de si, toda pessoa poderia se tornar melhor.
E assim foi vivendo, ao longo de seu casamento Nanda teve o privilégio de gerar uma criança.
Nascida aquele menino Nanda deu o nome de Miguel a ele, pois era um nome o qual gostava muito.
Quando Miguel nasceu seu marido ficou feliz, porém ele queria que o bebê fosse uma menina.
 Os dias se passaram e Nanda amava aquela criança cada dia mais e mais.
Sem dúvida Miguel era a alegria daquele lar.
Seu marido Ricardo era um homem honesto, trabalhador, mais de um gênio muito forte, sua opinião era sempre a certa e não aceitava ser contrariado.
 Os anos se passaram e Miguel foi crescendo e ficando mais esperto. Era o orgulho de sua mãe.
 Nanda por outro lado, havia se retirado de muitos de seus prazeres por conta do casamento. Ficava em sua casa, não tinha mais amigos, sua vida girava em torno de sua família. 
Dedicava-se a sua família e esquecia-se que também tinha uma vida.
E foi levando dessa forma.
Até que os dias foram tornando-se difíceis, tudo o que ela fazia já não estava bom.
Ricardo tornou-se uma pessoa amarga e arrogante. Tudo era motivo para brigas e discussões.
 E o resultado era sempre o mesmo. Nanda acabava em um canto da casa chorando e com esperança de que tudo seria diferente no dia seguinte.
Porém dia após dia tudo era do mesmo jeito.
Para fugir de seus problemas ou quem sabe até mesmo para que não enlouquecesse Nanda refugiava-se em seus afazeres.
E assim foi, até que um dia Ricardo chegou de seu trabalho irado, Nanda via em seus olhos que ele não estava em seu juízo perfeito.
Mesmo assim arriscou aproximar-se para tentar conversar mais foi pior. Naquele dia Nanda ouviu coisas que jamais imaginaria ouvir em toda sua vida. 
E aquelas ofensas foram estendendo-se até que Ricardo a segurou pelo braço firmemente e disse que não a amava mais e que iria embora.
Nanda não teve o que fazer, estava assustada, não tinha palavras. Tudo o que ela fez foi pegar seu menino no colo e o abraçar.
Ficou observando seu marido, o homem a quem ela entregou seu coração, arrumar suas coisas sem um pingo de compaixão e sair sem olhar para trás.
 Nanda ao ver tudo aquilo continuou abraçada a seu filho Miguel, e dizia a ele que tudo ficaria bem.
Ricardo entrou em seu carro descontrolado e seguiu em frente, a cada quilômetro sua velocidade aumentava mais e mais. Ele nao sabia para onde estava indo. Estava fora de si.
E continuou dirigindo aquele carro rapidamente sem medo do que poderia acontecer.
 Enquanto Nanda continuava em sua casa, sem entender o que havia acontecido a minutos atrás. 
Ricardo conseguiu atingir a velocidade máxima em seu carro, quando deparou-se com uma curva na estrada em que dirigia. 
Sem conseguir reduzir aquela velocidade Ricardo ainda teve um segundo para pensar na besteira que havia cometido, e fez aquela curva, numa velocidade incrível, e seu carro veio a capotar.
Nanda em sua casa sentiu um aperto em seu coração, achou que era por conta da separação, e começou a chorar. Mal sabia ela o que estava acontecendo na mesma hora com Ricardo.
O carro de Ricardo dava cambalhotas no ar.
Depois de algum tempo aquele carro parou, de ponta cabeça.
 Pessoas que passavam pelo local pararam para tentar prestar socorro, mas era inevitável.
 Havia muita gasolina pelo chão, havia muitos estilhaços de vidro por todo lado. Era possivel ver o sangue de Ricardo por todo seu rosto.
 E assim Ricardo foi morrendo, não havia como ajudá-lo mais, ele estava preso não somente nas ferragens de seu carro.
Ele estava preso maiormente em sua ignorância, em sua ira, ninguém poderia evitar que ele se fosse. Nem mesmo ele.
E todas aquelas pessoas ficaram observando aquela situação, uns chocados, outros já nao conseguiam nem olhar.
Quando o socorro chegou, afastou os curiosos e foram retirar Ricardo daquele carro. 
Foi necessário cortar uma parte daquelas ferragens para que ele fosse retirado.
Ao ser retirado Ricardo ainda estava vivo, os profissionais que estavam ali para resgatá-lo tentavam falar com ele para evitar que ele se entregasse. 
Então Ricardo ouve seu celular tocar, ara Nanda. Ela havia lhe mandado uma mensagem.
Ricardo ali no chão desfalescendo pede  ajuda para que possa ler a mensagem.
E na mensagem Nanda dizia: 
"Eu te entreguei meu coração, e você o partiu. Vá, e leve meu amor para sempre... de sua esposa Nanda".
Ricardo ao ver aquela mensagem fechou seus olhos as lágrimas corriam pela sua face.
Já não podia mais reverter aquela situação, então somente, suspirou, e partiu.
Os socorristas tentaram reanimá-lo mais não foi possível, ele havia morrido.
Algum tempo depois Nanda recebeu um telefonema avisando-a da triste notícia.
 Nanda com o seu coração em pedaços chorou amargamente.
E foi ao enterro de seu marido, remoendo em sua cabeça as ultimas palavras que ele havia lhe dito.
"Nao te amo mais!"
E ao enterrar aquele corpo, Nanda disse baixinho... "Você partiu meu coração, mais eu te amei até o último momento".
"Adeus".

terça-feira, 19 de agosto de 2014



Juntos...
 
Não! Não consigo aceitar!
Tento ser mais forte, porém tudo o que faço é ficar ainda mais triste...
Porque tudo tem que ser tão difícil?
Até quando converterei minhas lágrimas em palavras tristes?
Queria eu poder ditar aqui a mais bela historia de amor...
Ou quem sabe um daqueles contos onde tudo dá certo no final...
Onde a dor não precise ser a principal personagem...
Mais é inevitável.... Aqui estou!
Mais um dia, deixando estilhaços de meu coração nessas palavras.
Que bom seria se eu pudesse apagar isso o que estou vivendo agora...
Escreveria eu uma nova página, onde o dia amanheceria belo, com raios de sol cortando as nuvens.
Um dia onde os pássaros cantassem alegres pelo céu,  um dia onde não houvesse notícias ruins, nem tristezas, um dia em que pudéssemos abraçar uns aos outros sem motivo, só para nos sentirmos bem.
Somente isso...
Mais isso seria impossível...no mundo em que vivemos.
Palavras... Qual o valor de uma palavra?
Se nem ao menos sei o que dizer em meio a uma situação tão difícil.
Eu queria ser forte o bastante,  mas quando fecho meus olhos minha mente me perturba...
Agora entendo o porque do frio na barriga... e do vazio que senti.
Era isso!
Um pesadelo que estava a chegar em minha vida.... e que eu não poderia evitar.
E aqui estou eu, vivendo mais um capitulo, onde preciso tirar forças de onde não tenho.
E sorrisos, quando minha vontade é chorar...
E tenho que enfrentar a vida, mais uma vez, sendo cruel comigo... e com aqueles que amo.
Mais tenho fé, e esperança...
Pois nada é em vão...
Não há batalha perdida, quando se luta como um guerreiro.
Não há tristeza que não passe...
Quando se tem pessoas que te amam ao teu redor, e te ajudam até mesmo em silêncio.
E passaremos por mais esse momento....
Pois tudo o que precisamos para vencer...
É lutarmos juntos !
                                                                      Sara Liziane
 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A História da Vida


A história da vida

 

Amanheceu, e a vida já começa nos surpreendendo...

Quantos acontecimentos repentinos ...

Porque será que nunca estamos preparados?

Até mesmo quando sabemos a resposta, temos esperança de que ela possa ser mudada...

Porém, somos como crianças sendo conduzidas por alguém com muito mais experiência...

Alguém que sabe o bastante para lidar friamente com tudo...

Alguém chamado Destino...

E assim permanecemos... De um lado para outro... Vivendo sem escolhas...

Porém nos espelhando naqueles que mais admiramos...

Meu herói... Eu o admiro... Sempre lutando...

Queria poder tê-lo mais perto... Quem sabe abraçá-lo...

Mais cada um tem seu jeito de ser.

Uns são mais abertos... Outros mais discretos...

Surpresas da vida.

E aqui estou eu, sentada em minha cama...

Imaginando várias formas de contornar o caminho de minha vida...

Mais todos eles chegam ao mesmo destino.

Não há meios de mudar aquilo que tem que acontecer...

Apenas esperar... Até que tudo comece novamente...

Outra historia... Outros sorrisos... E novamente... Um outro fim...

E assim continuamos, virando a cada dia uma página...

E vivendo a cada tempo um capítulo...

De uma história que nem sequer somos donos...

Que sempre me deixa surpreendida...

Uma história real.....

A história da vida!
                                                                                                               
                                                                                                                     Sara Liziane